@retalhand0 Profile picture

retalhando, por nanda

@retalhand0

retalhando alegoria . quando a voz é insuficiente pra gritar essa mistura de sentimentos • autoral • nanda magalhães

Similar User
o amor dói. photo

@oamordi1

𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒎 𝒄𝒖𝒓𝒂 photo

@fellisstrange

Escrito Colorido photo

@escritocolorido

Recita-se Amor photo

@recitaseamor

preta photo

@pr4tax

Apenas eu photo

@sentimentosave

Pinned

a gente só dá o que tem e de todas as coisas que tenho em mim me esforço pra não ser o meu avesso desenrolo respiro prefiro ser transbordo vivo amor


fim de festa luzes piscando ao amanhecer coleciono histórias em garrafas vazias numa casa pela metade


busco por tanto esbarro em vazios


no bar eu gosto da cerveja amarga do cigarro mais forte do lugar mais escuro me escondo entre sorrisos me divirto com o olhar cansado na vida tudo que é nocivo me cerca


dentro de mim nicotina em remessa medo corrosivo vômito de frases desgovernadas sabor de botequim memória me afeta drama desprezível drama esquecível barato passageiro


quando te questionarem sobre mim diga sobre a minha calma as palavras trocadas a falta de fala o olhar cansado de quem muito guarda mas que carrega o mundo nas palavras guardadas confusão na alma no meio da vida no meio da sala


vamos cadenciar o tempo deixe que seja lento vamos aprendendo a nos guiar na dança tempo tempo enquanto ainda há tempo antes que seja lembrança


“estou bem” digo são tentativas de conseguir tornar leve o peso que carrego no lado esquerdo do peito


tenho tropeçado em incertezas um sapato novo na estrada roupa dobrada em casa canções completas de elevador frases coesas no vagão vento quente no inverno sol frio no verão


retalhando, por nanda Reposted

hoje respirei a arte da solidão acordei cansada não teve conversa rasa nem música animada me restou pensar sobre quem me tornei e os poucos que ainda me proponho a aceitar


retalhando, por nanda Reposted

sem título quando as palavras faltam a gente grita o silêncio


se alguém questionar diga que é a arte que me cerca o choro em riso a solidão acompanhada há arte no que nos fere há arte num fim de domingo nessa rua que parece comigo tem um poste quebrado ruas sem saídas há arte em tudo que eu vejo nessa cidade pequena e vazia


há poesia no silêncio palavras implodindo a força se perdendo dia escurecendo


choro do afago alívio de ser alma branda que sou abraço quem fui correntes de culpas não minhas quebradas jogadas escorraçadas lágrimas de felicidade vivo outra vez


meu coração é um samba-enredo da tristeza. um desfile do fracasso.


tu, cor mais quente já diria aquele livro tu-do que é sólido desmancha no ar


espero lembrar que não se guarda amor em post-its. que não se guarda amor em potes de saudade. porque o papel sobra e a gente rasga, queima. mas o amor que tá aqui, escrito, não vai embora, fica.


em qual post-it eu te perdi?


é difícil não endurecer. é preciso ter coragem pra sempre dar a cara a tapa. sim. prefiro viver milimetricamente o impulso de morrer pelo excesso do que pela falta


a luz que entra pela janela diminui. observo as luzes do poste. a rua vazia. ruídos pequenos e distantes dos carros. as patas ansiosas do cachorro da vizinha, pelo corredor, como quem busca liberdade. é o fim do dia. por acaso alguém falou aquele nome - mais um começo de saudade


hoje eu quero me perder entre os fones de ouvido. deitar no sofá. ignorar as notificações. ter um encontro comigo. seguir a minha intuição. sentir o que vem de dentro sorrindo pra mim. posso ressignificar tudo e entender que, ainda, o melhor abraço é o meu próprio lar. sempre.


Loading...

Something went wrong.


Something went wrong.